sexta-feira, 11 de junho de 2010

INTRODUÇÃO
São Thomé das Letras localiza-se no cume de uma montanha de pedra a 1.444 metros do nível do mar. A cidade é envolvida por um vale intensamente verde, escondendo magníficas grutas, cachoeiras, cavernas “sem fim” (dizem que termina em uma cidade Maia...) e até mesmo uma ladeira na qual os carros sobem sozinhos... além de uma atmosfera mística fascinante.

Com um povo extremamente hospitaleiro a cidade, incrustada na serra da Mantiqueira, atrai diversos visitantes pelas suas peculiaridades. As lendas e histórias formam um clima esotérico em São Thomé, tornando-a conhecida como a cidade mística do Brasil.

O único acesso por estrada asfaltada é feito por Três Corações. Vindo por Baependí, pelo Caminho Velho da Estrada Real, vislumbra-se o muro natural das pedras guardiãs, que faz lembrar a Cidade dos Incas. Além disso, visualiza-se a bela comunidade do Harmonia.


Clima

O clima é tropical de altitude, caracterizado por verões amenos e úmidos e invernos secos. O período seco vai de abril a setembro e é uma época propícia para se visitar alguns dos atrativos mais afastados da cidade. Nessa época, as estradas de terra ficam mais conservadas do que no período de chuva. A média das máximas é de 26 ºC e das mínimas, de 14 ºC. A temperatura mínima já registrada foi de -1,4 ºC.

Vegetação
Caracteriza-se pela floresta tropical mista sub-cadocifólia que antigamente recobria a região. Atualmente, encontra-se bastante devastada, mas ainda encontram-se algumas manchas, localizadas nas partes mais elevadas das serras, preservadas devido às dificuldades de acesso, entre grotas e penhascos.

A principal atividade da cidade – extração de pedras – tem contribuído em grande parte para a devastação das vegetação em algumas áreas do município.


Acidentes Geográficos

O ponto geográfico mais alto do município é o Pico do Gavião, no distrito de Sobradinho, com 1.430 metros de altitude e, o mais baixo, fica na confluência do rio do Peixe/Ribeirão Vermelho, no limite com a cidade de Três Corações. Ambos representam atrativos turísticos representativos da cidade, tendo destaque para o Pico do Gavião, que oferece uma visão fabulosa da região. Na base do Pico do Gavião existe o “cemitério esotérico”, uma região plana que recebe esse nome devido ao formato das pedras que lembram lápides. No ponto mais alto é possível ver ainda o Pico do Papagaio, no município de Aiuruoca e um dos pontos mais altos da região.


A sede do município está localizada a 1.290 metros de altitude, mais precisamente a Igreja Matriz. Sua posição é determinada pelas coordenadas geográficas de 21º43’20” de latitude sul e 44º59’07” de longitude oeste. A área do município é de 368 Km2.


HISTÓRIA

A lenda que deu origem a toda a história da cidade aconteceu em uma gruta. João Antão escravo da Fazenda Campo Alegre tinha um romance com a irmã de seu senhor, o Capitão João Francisco Junqueira. Quando o romance foi descoberto e cansado dos maus tratos, o escravo refugiou-se em uma gruta no alto da serra, onde passou a viver da pesca, frutos e raízes da região.

Um dia um senhor de vestes brancas apareceu para o escravo, lhe deu um bilhete, dizendo para entregar ao capitão, fazendo com que este o perdoasse.

Ao ler o bilhete, o Capitão lhe ordenou que o levasse até a gruta, na qual encontraram uma imagem de São Tomé entalhada em madeira.

João Francisco, homem profundamente religioso recolheu a imagem e a levou para casa. A imagem sumiu e reapareceu na gruta por várias vezes.

Acreditando ser um milagre, o Capitão mandou erguer uma capela no local. No mesmo local, em 1785, foi construída a Igreja Matriz, originando-se assim o povoado. Conta a lenda que o filho do Capitão, Gabriel Francisco Junqueira - o Barão de Alfenas, título este concedido por D. Pedro II - foi sepultado debaixo do altar da igreja.
A igreja, construída em estilo barroco, abriga em sua nave principal a pintura do mestre Joaquim José da Natividade, altares em estilo rococó e várias imagens de madeira do século XVIII.


Origem do nome

A origem do nome deve-se à aparição do santo e às inscrições rupestres encontradas na entrada da gruta que não se sabe terem sido feitas pelos índios cataguases, antigos moradores da região, ou se são palavras deixadas pelo santo.

As construções que caracterizam a cidade são outro espetáculo à parte. Feitas com as próprias pedras extraídas nas redondezas, cuidadosamente cortadas e empilhadas uma a uma, sem qualquer tipo de argamassa. Contudo, oferecem segurança e firmeza, relembrando as construções do século XVIII.

A cidade é conhecida como “cidade de pedra”, por muitas de suas casas e uma igreja serem feitas de pedra. Além disso, há a extração de pedras, utilizadas no revestimento de casas, passeios e piscinas. São exportadas para vários países da Europa, contudo atualmente representam um grande impacto ambiental negativo para a cidade, seja pela destruição do ecossistema natural, seja pela grande quantidade de poeira provocada no processo de extração.

TURISMO

Devido ao fascínio que a cidade exerce nas pessoas que a visitam, São Thomé das Letras vem desenvolvendo-se como uma cidade turística. Em 7 de março de 1996, recebeu o selo de potencial turístico, concedido pela EMBRATUR, passando a integrar oficialmente o rol das principais cidades turísticas do Sul de Minas.

São Thomé conta com uma infra-estrutura capaz de receber bem os turistas. Restaurantes, pousadas, estação rodoviária, um excelente centro de eventos e um amplo salão para festas e convenções. Além da hospitalidade típica do povo mineiro.

Destacando-se pela beleza exótica de suas pedras, calçamento da cidade, casarões antigos, mistérios, aparições, trilhas e montanhas. Não obstante, são várias as cachoeiras encontradas na cidade. Visitando a cidade, um ponto a ser conhecido é o distrito de Sobradinho, que concentra algumas das principais grutas da cidade.


INFORMAÇÕES GERAIS

Principais Distâncias
São Paulo: 336 Km
Rio de Janeiro: 356 Km
Belo Horizonte: 335 Km
Baependi: 48 Km
Caxambu: 50 Km
Três Corações: 38 Km.
Limites

Cruzília
Luminárias
Baependi
Conceição do Rio Verde
Três Corações